16.6.05

NEM TÃO RÁPIDAS E NEM TÃO RASTEIRAS ASSIM

Em tempos de reunião do Cream (cujos shows já podem ser encontrados por aí pela rede, com uma qualidade de bootleg, ou seja, som audível mas nada profissional. Mas são de ouvir ajoelhado, agradecendo ao bom Deus), a pedida da semana é a banda The Black Keys. Trata-se de 2 branquelos americanos de Ohio que fazem um blues de primeira, seguindo a tradição de Johnny Winter, Stevie Ray Vaughan e similares, com ecos oriundos do próprio Cream. Gravaram três discos, em 2002 (The Big Come Up), em 2003 (Thickfreakness) e em 2004 (Rubebr Factory), mas se tivessem gravado em 1974, 1975 e 1976 eu não acharia estranho.

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E o White Stripes veio e arrasou. E o disco, "Get Behind Me Satan" é fácil um dos melhores do ano, exatamente porque é corajoso. Abdicaram das guitarras e incluíram pianos e percussões em suas músicas. Jack White continua sendo o cara.

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Já o novo Billy Corgan, TheFutureEmbrace" decepcionou. Ô disquinho chato. Ao contrário dos novos Hellacopters, "Rock And Roll is Dead" (sugestivo, não?) e Foo Fighters, "In Your Honor". Aliás, sobre esse último uma curiosidade: no segundo disco, dito acústico, a banda toca uma faixa que poderia tranquilamente ser chamada de......bossa nova. Ouçam "Virginia Moon" e me digam se estou ficando louco. Será a nova onda? depois da junção de rock com electro, as bandas vão fazer a junção rock, bossa nova e drum n bass? Emails para esta coluna.

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"Cantneverdidnothing" é o nome do disco e Nikka Costa a cantora. Sim, é aquela mesma que surgiu na década de 80 cantando "On My Own" com uma vozinha de criança. Bem, ela era criança e sua voz taquara rachada sumiu com os tempos. Gravou em 2001 o disco "Everybody Got Their Something" e foi elogiada por dar a volta por cima na carreira, depois de adulta. Agora, aos 33 anos, lança este disco. Um petardo pop, construído sob as influências certas (Prince, Lenny Kravitz e similares). E de quebra, a bela capa com uma bela foto da bela Nikka. Essa é pra casar.

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E o velho Lobo não decepcionou. "Canções Dentro da Noite Escura" é mesmo um discaço de Lobão. Assim como "Toda Cura Para Todo Mal" é um Pato Fu maduro, com canções fortes e o experimentalismo pop de sempre. Agora sim podemos dizer que temos dois bons discos lançados este ano no Brasil

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